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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eu e o amor, no tatame


Procuro ainda alguma proteção,
Mais um golpe, estou no chão,
O amor caçoa então:
"Quer morrer, danada?
Não vai lutar não?"
O amor ri.
"Não doeu, nem senti!"
O amor interpreta mal...
"Ah! Quer me seduzir?"
"Pode me matar, amor, eu estou na sua mão."
O amor me olha de cima, então:
"Querida minha,
Eis o segredo da esfinge,
Eis o problema diante da solução:
Matar-se é matar-me 
E matar-me é matar-te."

O amor então me beija.

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